sábado, 25 de setembro de 2010

UMA SEMANA



Estamos ha uma semana do pleito eleitoral. Um cenário de vitória para as forças democráticas e progressistas se apresenta no horizonte. Dilma presidente, grande bancada democrática na câmara e no senado e avanços significativos nas cadeiras das assembléias legislativas do país é uma possibilidade concreta hoje.
Numa batalha como essa, pela disputa do poder central do país, assim como em todas as outras grandes batalhas, obstáculos enormes surgem. Um exemplo disso são as investidas da direita contra a candidatura da futura presidente Dilma Russef. É discarada a campanha midiática que tenta golpear a vontade soberana do povo.
Mas o povo tem mostrado sabedoria e não vai "engolir" as mentiras e as manobras políticas da direita e da  imprensa golpista. Sob o comando dos partidos aliados e da inconteste liderança do presidente Lula eles serão derrotados e o Brasil aprofundará as mudanças iniciadas em 2002.
Temos um longo caminho a percorrer até o dia 03. Existe ainda um contingente de indecisos muito grande que ainda não escolheram os seus candidatos. Esses são aqueles eleitores mais exigentes, observadores, que deixam para a última hora para decidir sobre o seu voto. Portanto, é preciso ter ousadia na abordagem desse tipo de eleitor e cautela quanto à possibilidade de vitória. A perseverança deve ser a Tonica do momento.
Numa campanha eleitoral é imprescindível ter aliados e muita confiança no tipo de relação que se estabelece. Isto não quer dizer que devemos, em momento algum, vacilar. Ninguém será eleito antes da hora, não podemos fraquejar um só instante, buscar o voto popular a todo momento é o nosso caminho para  a vitória. Quem afirma estar eleito antes de 3 de outubro e deixa de fazer campanha com determinação, certamente será derrotado. Portanto, não se deve diminuir o ritmo da campanha as vésperas da eleição, o que seria um erro infantil. A campanha só acaba no dia 03 de outubro depois da votação.
Para os comunistas do PCdoB o momento é de continuar no ataque. Afinal de contas essa máxima do futebol também vale para a política.
São concretas as possibilidades de tornar vitorioso o projeto eleitoral do partido em escala nacional. Uma boa bancada no senado e na câmara federal será decisiva no objetivo de ajudar  o governo Dilma  a aprofundar as mudanças iniciadas em 2002 com Lula.
Eleger mais de 20 deputados federais para muitos era tarefa difícil, entretanto, hoje já existem condições reais para tal. No senado poderemos surpreender e eleger o senador mais bem votado do Brasil por São Paulo, além disso, duas lideranças de destaque do Amazonas e no Acre poderão também ser exitosos.
É importante destacar nossa candidatura ao governo do Maranhão. Esta ousadia elevou o nível da intervenção do nosso Partido naquele estado. Quem pensou que lançar candidato ao governo era apenas pra marcar posição se equivocou, estamos a caminhão do segundo turno e de uma vitória histórica.
No caso do Amapá, são boas as possibilidades de vitória dos candidatos comunistas. A reeleição do camarada Milhomen pode ser sacramentada se mantivermos força e disposição nessa reta final. Embora com pouca estrutura, mas com uma aguerrida militância partidária, amplo apoio dos movimentos sociais e um bom programa de rádio e TV, nos coloca em condições concretas de êxito, apesar das dificuldades materiais pode-se afirmar que o volume de campanha neste ano é muito superior a campanha de 2006.
Temos também chances reais de eleger um deputado estadual. São seis candidatos comunistas disputando duas ou três vagas na coligação com o PP. Ocupar uma vaga na assembléia legislativa no Amapá colocará nosso partido num cenário muito mais favorável nas lutas sociais que se avizinham.

Luiz Pingarilho
Presidente Estadual do PCdoB

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FALTAM MULHERES NA POLÍTICA

Distopia é a utopia que deu errado. No Brasil, temos a distopia da baixíssima presença de mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias e senado; de tão pequeña, é como não existissem. Há uma lei que obriga partidos a reservarem 30% das listas de candidatos para candidatas mulheres, mas há enorme dificuldade em preencher nem mesmo essa cota. Entre nossos políticos, apenas 5% são mulheres, dez vezes menos do que seria uma boa representação da vontade dos cidadãos.
Por que está assim? As mulheres têm melhores coisas que fazer? Sentem-se ameaçadas pela violência e virulência de campanhas eleitorais? Falta-lhes dinheiro? Os partidos não as querem e nem as entendem? São discrimadas por machismo de eleitor?
Nos países europeus, de cada dez políticos eleitos, dois são mulheres. Na Escandinávia, é quase um para um. Na Suecia, com 47%, as mulheres teem horario especial no parlamento, para amamentar e cuidar da familia. Esses países resolveram, há décadas, problemas que o Brasil ainda tem, principalmente em áreas sociais, de família, educação, saúde e de interesse comunitário.
Muitos reconhecem que mulheres têm uma capacidade enorme de intuir soluções para questões sociais, de criança, educação, integração de minorias, questões de família e moradia. São exímias negociadoras, inclusive em política internacional. Na crise, são insuperáveis. Mas, apesar disso, os eleitores não votam nelas. É uma distopia, ou seja, o que poderia existir não existe, por alguma razão misteriosa.
Agora que temos duas mulheres candidatas a presidenta da republica, podemos tentar coisas novas. Distopia corrige-se com ações positivas, corretivas e incentivos, e menos com recriminações e desculpas. Assim, listei as ideias que amigos e jornalistas sugerem para engajar mais mulheres na política. Com o tempo, o povo veria o valor das mulheres na política. Evidentemente, para cada proposta haveria lei específica. Por favor, vejam artigo na CartaCapital de 5 de maio, sobre voto contrario.
- Sortear, para cada câmara de vereadores, uma mulher entre as eleitoras do município. Em cada uma das 5.600 câmaras  haveria pelo menos uma mulher.
- Criar horarios e condições para mulheres conciliarem política com profissão ou mesmo cuidar de família, filhos, escola, saúde.
- Reservar uma vaga, nas câmaras de vereadores, para a candidata mais votada entre as que não conseguiram lugar na câmara. Tal como uma coringa.
- Dar-lhes autoridade para fiscalizar ou corrigir certos atos e fatos da câmara em que estejam. Um especie de ouvidora.

Milton Nogueira

Milton Nogueira é engenheiro e ex-funcionário da ONU em Viena.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Lula voltou a criticar a imprensa golpista, corrupta e sem-vergonha

“Eles querem ganhar no tapetão,
companheiros !”


O presidente Lula voltou a criticar a imprensa golpista, corrupta e sem vergonha (os adjetivos são por minha conta, o presidente não chegou a dizer), de querer trapacear todas as eleições, forjando escândalos às vésperas das eleições e fazendo tramóias com o candidato da elite arcaica, José Serra (PSDB/SP), a bola da vez.


Foi nesta quinta-feira, durante cerimônia de inauguração do trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Porto Nacional, em Tocantins.


Eis os principais trechos do discurso:


Vocês estão acompanhando a imprensa, vocês vêem pela internet, vocês assistem a televisão, vocês ouvem rádio, e vocês veem, às vezes, chega quase a beirar ódio, porque eles ficam torcendo, desde o começo, para o Lula fracassar…


Chega na época da campanha, vocês já viram: eu já fui vítima do que está acontecendo hoje.


Agora, o que eles não percebem é que nós aprendemos, o que eles não percebem é que o povo de 2010 não é mais massa de manobra como era o povo de 30 anos atrás.


Eles já não podem colocar alguém para mentir e achar que o povo vai acreditar. Eles têm que perceber que o povo está sabendo que quando escrevem coisas erradas é mentira, que quando falam coisas erradas é mentira.


Não tem mais aquele negócio: deu na televisão é verdade, acabou. É verdade, quando é verdade.


Mas o povo sabe quando é mentira, o povo sabe quando eles estão tentando mistificar coisas…


Não tem uma revista internacional, seja francesa, inglesa, americana, alemã, que não tenha a capa elogiando a economia brasileira, elogiando a agricultura brasileira, elogiando o governo brasileiro.


Agora, daqui eu entendo tudo e percebo como é que tem, às vezes, má-fé…


… acho que liberdade de imprensa é uma coisa sagrada, para a gente fortalecer a democracia no nosso país. Agora, a liberdade de imprensa não significa que você pode inventar coisas o dia inteiro. Liberdade de imprensa significa que você tem liberdade para informar corretamente a opinião pública para fazer crítica política e não, e não o que a gente assiste de vez em quando.


De qualquer forma, eu já aprendi muito… Eu já tomei tanta chibatada que as minhas costas são mais grossas do que casco de tartaruga. Aqui, não adianta bater mais, não adianta bater mais. Se quiser dialogar, tem diálogo; se quiser conversar, vamos conversar. Agora, tem que entender o seguinte: um torneiro mecânico, que tem apenas o quarto ano primário e um diploma de torneiro, conseguiu fazer mais do que muita gente da elite fez neste país.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Renato: sentindo seu poder ameaçado, direita apela para golpismo


Acompanhando de perto a disputa política nacional e nos estados, nas candidaturas majoritárias e proporcionais, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo faz, nesta entrevista, uma análise do quadro eleitoral, fala sobre a tática denuncista da direita e trata da necessidade de os comunistas intensificarem a campanha nestes dias que antecedem o 3 de outubro. “Quando a direita percebe que está perdendo espaço e pode perder poder, sempre caminha para as vias golpistas”, afirma.

Renato Rabelo Renato: Serra passou a adotar a tática de tentar desmontar a candidatura da Dilma
Partido Vivo: O país se aproxima de mais uma eleição geral. O que o quadro atual aponta de perspectivas e que balanço é possível fazer do processo até o momento?
Renato Rabelo: As eleições vão entrando numa fase decisiva. Na disputa pela Presidência da República, a tendência de vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno está consolidada e dificilmente será revertida. Para os governos estaduais, muitos quadros também estão definidos. Mas, para a Câmara e Senado, é agora que começa a haver uma definição mais nítida. No Brasil inteiro, vai se esboçando a vitória de toda a base de apoio ao governo Lula e à sua sucessora. Esse quadro comprova aquilo que a gente vem afirmando há algum tempo: de que há uma tendência objetiva de o povo, em função dos bons resultados do governo, do prestígio de Lula, de sua liderança, querer a continuidade. Afinal, não foram poucas as conquistas. Mesmo com a crise, a economia conseguiu retomar seu ritmo rapidamente, apresentando inclusive crescimento acentuado neste ano; o emprego formal cresceu em níveis elevados, comparativamente com a situação que a gente tinha no Brasil; a distribuição de renda passou a ser efetiva e há mobilidade social no país. Esse anseio geral de continuidade é bom para que possamos avançar ainda mais.

Leia também: 
Partido Vivo: Vêm daí as dificuldades de José Serra se posicionar?
RR: Sim, é por tudo isso que o José Serra, ao entrar na campanha, teve muita dificuldade de saber como deveria se situar. Serra procurou, num primeiro momento, colocar-se como candidato da situação: “vou fazer melhor do que Dilma porque tenho mais experiência”. Depois, ele viu que isso não estava dando resultados porque as pessoas não são ingênuas. E mais recentemente, já que não conseguiu projeção, Serra passou a adotar a tática de tentar desmontar a candidatura da Dilma. Serra foi mostrando que sua candidatura não tem rumo, nem finalidade muito clara. Perdendo espaço gradativamente, hoje lança mão de factoides e cria escândalos com a ajuda da grande mídia para ver se consegue reverter a situação. Querer ligar a candidatura da Dilma a irregularidades que sempre existiram e existirão na Receita Federal é uma forçação de barra muito grande; e vai ficando claro para o povo que isso é calúnia.

Partido Vivo: Acredita que a direita brasileira e sua maneira de exercer a oposição política tenham mudado a partir de Lula?
RR: O fato é que a oposição foi ficando cada vez mais sem alternativa de projeto para o país porque seu projeto era respaldado pelas prédicas neoliberais. E Lula procurou enfrentar essa situação com uma saída que considerávamos híbrida, mantendo alguns aspectos dessa política macroeconômica, mas, ao mesmo tempo procurando fazer um grande esforço para alcançar o desenvolvimento do país, enquanto FHC governava ao sabor do mercado. O resultado é que o Brasil ficou mais preparado para enfrentar a crise. Ficou evidente que o projeto da oposição não permitiu ao Brasil retomar o desenvolvimento depois de décadas de estagnação. A gente caminha para uma eleição em que a direita pode ter uma grande derrota. Pela primeira vez, o Congresso Nacional pode passar por uma grande renovação não só quantitativa, favorável ao governo que continuará Lula, mas talvez qualitativa, com a formação de uma maioria no Senado e na Câmara afinada com o próximo governo. Sempre existiu defasagem no parlamento: o governo Lula, por exemplo, foi eleito com 60% dos votos válidos, mas não conseguia ter maioria no Congresso. A oposição pode sofrer um grande revés.

Partido Vivo: Assim como em 2006, os demo-tucanos e seus aliados têm procurado levar a disputa para o segundo turno no tapetão, como demonstra o uso das últimas denúncias. Como você vê esse tipo de manobra? O denuncismo atual guarda semelhanças com 2006?
RR: Essa é sempre a fórmula que esses setores de direita usam no Brasil, uma medida nomeadamente golpista. Quando ela percebe que está perdendo espaço e pode perder poder, sempre caminha para as vias golpistas. Desde Getúlio Vargas, só para ficar na história mais recente, é este o método. Em 2002, a direita tentou impedir que Lula se elegesse; em 2006, teve o caso dos aloprados já no final das eleições porque ia se confirmando a tendência de vitória de Lula. Agora, com a possibilidade de eleger sua sucessora já no primeiro turno, esse setor procura também desesperadamente uma forma de desgastá-la; no fundo, imaginava que Serra manteria a dianteira. Além disso, é importante salientar que no Brasil formou-se uma situação política em que a grande mídia mostra nitidamente que ela não quer a continuidade do governo Lula e nem a vitória de sua sucessora. Ela tomou partido não apenas em editoriais – todos são sempre contra o governo e contra Dilma – mas há todo um trabalho no noticiário e nas manchetes dando peso exacerbado a isso que eles chamam de escândalo, para criar um impacto na população contra a candidatura de Dilma. É um trabalho orquestrado, ostensivo. A mídia busca irregularidades que sempre existiram dando grande destaque, para ver se a partir dali cria uma comoção contra a candidata. E tudo que o Serra fala sobre isso, a mídia repercute. Se o Serra já sabia da quebra de sigilo da sua filha desde 2009, porque somente agora isso é tratado? Este fato mostra que se trata de uso puramente eleitoral.

Partido Vivo: Mudando de assunto, a formação de um núcleo de esquerda para nortear a base governista é factível?
RR: É sempre uma luta a construção de um núcleo de esquerda dentro de uma frente ampla. E nesse núcleo consideramos também a presença do PT, além do PCdoB, PSB e o PDT. Agora, isso vai depender do resultado das eleições. O esforço é que a esquerda cresça em representação na Câmara e no Senado, além de aumentar o número de governadores. O crescimento da campanha de Dilma e dessa base de apoio beneficia a esquerda. A formação desse núcleo vai depender da dimensão do que a esquerda vai conseguir nestas eleições; é a correlação de forças que define o papel que a esquerda terá. Se crescer no parlamento, evidentemente que a possibilidade de um núcleo de esquerda se concretizar torna-se algo mais efetivo.

Partido Vivo: Candidaturas como as de Netinho – que está na frente em São Paulo –; Vanessa Grazziotin – que já apresenta vantagem sobre Artur Virgílio no Amazonas e está em segundo lugar – e Edvaldo Magalhães – que tem crescido no Acre – têm se mostrado bastante promissoras. Elas surpreendem o partido? Que avaliação faz da disputa do PCdoB por cadeiras no Senado?
RR: Hoje, podemos eleger um senador negro em São Paulo – um homem de origem humilde que expressa o interesse das camadas populares, das periferias – além de lideranças reconhecidas em estados como os da Amazônia, uma região estratégica para o país e para o PCdoB dentro daquilo que a gente define como um projeto nacional.

Estamos sempre trabalhando naquela linha de acumulação eleitoral. Desde 2004 procuramos participar progressivamente das eleições majoritárias porque é uma eleição em que o partido se apresenta para toda a população. De maneira geral, é um esforço enorme que o PCdoB tem feito para ter uma participação mais ampla nos pleitos, de lançar candidaturas majoritárias nas eleições de base – as municipais – o que projetou muitas lideranças do PCdoB em 2008. Em 2006 fizemos um esforço de ir além das candidaturas à Câmara, lançando nomes também ao Senado; o PCdoB foi, então, o quinto partido mais votado para o Senado. Aumentamos o esforço para ter candidaturas fortes nas majoritárias e proporcionais, em muitos casos com nominatas próprias, o que o PCdoB nunca teve nessa dimensão. O partido pode ter uma grande votação e a possibilidade real de conquistar três vagas no Senado, podendo ter uma bancada de quatro, com o Inácio Arruda eleito em 2006, algo que nunca teve. Com essa conquista em 2010, podemos ter em 2012 uma quantidade muito maior de candidaturas a prefeitos e, em 2014, podemos ter mais candidaturas aos governos dos estados, além de ter cada vez mais candidatos ao Senado.

Partido Vivo: Como vê a situação no Maranhão e o desempenho do candidato Flávio Dino?
RR: É a primeira candidatura do PCdoB ao governo de estado e a valorizamos muito. O Maranhão é um estado que tem tido uma importância crescente, com a implantação de refinarias, portos, a descoberta de grandes reservas de gás etc. A segunda questão é que o Flávio Dino vai se colocando como uma liderança de grande prestígio no estado; foi um deputado muito destacado na Câmara e ganhou mais projeção nas eleições passadas, em São Luis, quando teve uma grande votação para a prefeitura. Ele vai sendo um escoadouro do forte sentimento de renovação que há no estado, o desejo de ter políticos mais identificados com os anseios do povo e do estado. Por isso, acreditamos muito na sua candidatura. Pesquisa no Maranhão nunca foi forte. No caso da disputa à prefeitura, se tivéssemos seguido as pesquisas, ele não teria chances; e no final, Flávio Dino foi ao segundo turno e teve grande votação. O certo é que há a possibilidade de o Flávio crescer nessa reta final e chegar ao segundo turno.

Partido Vivo: Que preocupações o partido, seus candidatos e militantes devem ter nesta reta final de campanha?
RR: Este é um momento muito importante porque é quando, de fato, o povo decide em quem votar. Boa parte da população não acompanha a evolução política e vai começar a se atualizar para definir suas opções agora. Daí a importância de se dar um volume maior de campanha para todos os nossos candidatos e aos que apoiamos. Temos de estar nas ruas fazendo um grande esforço mobilizador para que o povo receba, inclusive, maior orientação sobre a hora de votar. Ele terá de votar seis vezes, ou seja, é importante que tenha sua cola – aliás, a própria Justiça Eleitoral está falando nisso. Também é importante ter os documentos em mãos porque agora é uma exigência que o eleitor tenha um documento oficial com foto além do título. Além disso, é preciso que nossos candidatos e militantes estejam em contato com a população porque é a última chance de se transmitir ideias e propostas. Pela proximidade das eleições, esta também é a fase em que as pessoas estão mais atentas para ouvir o que os candidatos têm a dizer.

Da redação,
Priscila Lobregatte

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

NOTA DO PCdoB DO AMAPÁ




O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCdoB) acompanha com apreensão os fatos ocorridos nesta manhã de 10 de setembro do corrente ano relacionados à denominada “Operação Mãos Limpas”, deflagrada pela Policia  Federal, que prendeu autoridades dos poderes constituídos do nosso Estado, entre esses, o ex-governador Waldez Góes (PDT) e o atual governador Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP).
As investigações iniciaram-se em agosto de 2009, e se encontram sob a presidência do Superior Tribunal de Justiça. Os mandados de prisão e toda a ação da Polícia Federal foram embasados em indícios de um suposto esquema de desvio de recursos públicos.
O PCdoB sempre condenou o uso indevido dos recursos públicos e a formação de grupos criminosos que se organizam para o enriquecimento ilícito e assalto aos cofres públicos, sendo essa uma prática condenável.
Entretanto, não concordamos com a condenação e execração pública daqueles que estão sedo presos sem o devido conhecimento do motivo real de suas prisões, principalmente há poucos dias antes de expirar o prazo de proibição de prisões em face do pleito eleitoral. Partilhamos da opinião de que todos devem ter direito ao contraditório, independente de posição social e econômica.
Acompanhamos com tristeza esse episódio que expõe o nosso Estado e mancha de vergonha a tradição de trabalho e dignidade do povo Amapaense. Com o senso de justiça e responsabilidade aguardamos a conclusão dos trabalhos da justiça na apuração dos fatos.
De outra banda, necessário se faz, ainda, repudiar os excessos que por ventura hajam na apuração dos supostos delitos por parte das autoridades, resguardando também os anseios e paixões, centrando o foco na imparcialidade e confiança nos institutos da Justiça brasileira até trânsito em julgado da ação judicial, o que dá garantia de vivermos no verdadeiro Estado Democrático de Direito.   
                                               Macapá, 10 de setembro de 2010.

COMISSÃO POLÍTICA DO PCdoB DO AMAPÁ

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MEU VOTO DECLARADO


Esta semana recebi a seguinte pergunta: PORQUE VOCÊ VOTA EM DILMA, já que suas postagens a beneficiam?
Então resolvi responder:

1º) Porque é uma excelente administradora, já deu provas nos cargos importantes que ocupou;
2º) Porque tem personalidade forte, e sabe defender as instituições que já dirigiu; e saberá dirigir e defender o nosso país;
3º) Porque é uma das responsáveis pelo grande desenvolvimento econômico e social de nosso país;
4º) Porque estou convencida que lutará pelo Mercosul, rejeitará a ALCA, e que dará continuidade às obras e aos programas previstos no governo Lula;
5º) Porque nos governos anteriores, o salário mínimo era de 60 dólares, e agora, no governo Lula o salário mínimo chega a 300 dólares;
6º) Porque eu vejo, após 150 anos o país voltar a construir ferrovias, por que sei o valor de ferrovias para a nossa economia, e para o crescimento de nosso país e o bem estar de nosso povo;
7º) Porque vejo a cada dia o nosso país ser mais respeitado e com credibilidade em todo o planeta terra;
8º) Porque, com a crise global que atingiu vários países em 2008 e 2009 gerando grandes prejuízos em empresas, bancos e no crescimento econômico e social de alguns países, o Brasil saiu ileso;
9º) Porque hoje emprestamos dinheiro ao FMI !!!!!! Coisa que eu sinceramente nunca imaginaria;
10º) Porque as nossas reservas no tesouro passaram de 200 Bi negativos para 260 Bi positivos;
11º) Porque existe no orçamento 1,5 Trilhões de reais aprovados e destinados a obras e programas destinados ao crescimento de nosso país e ao bem estar de nossa nação;
12º) Porque muitos brasileiros que passavam fome, e não tinham nenhuma expectativa de melhoria de vida, hoje podem desfrutar de fartura de alimento e emprego (e eu sou apenas um entre milhões que vivenciam isso). Só quem fica sem emprego hoje é quem não sai do Sul do País e vai à procura de novos horizontes;
13º) Porque no Nordeste está sendo construído um canal destinado a reduzir a escassez hídrica não só em cidades mas também em muitas áreas rurais (Integração de Bacias);
14º) Porque este governo constrói dispositivos rodoviários em tudo que é metrópoles, para o cardápio de hoje temos: Trem-Bala (em projeto SP/RJ), Anel Viário bem adiantado (SP); Suape PE; Barragem de Belo Monte (PA); Criação de diversas universidades e centenas de novos Campi Brasil a fora; Pre-Sal, Biodiesel, Construção de Siderurgicas no Pará, duplicação de rodovias em todo o território nacional e mais milhares de outras grandes obras em andamento;
15º) Porque o nosso PIB passou de 2,2 Trilhões de Reais para 5,4 Trilhões de Reais;

17º) Porque deixamos de ser piolhos de americanos e já conseguirmos tomar as nossas próprias decisões seja em problemas internos ou mesmo internacionais;
18º) Porque quando a Dilma vai ao Congresso Nacional, a chamado dos parlamentares ela dá um show diante de uma platéia grande e que se diz tarimbada em detonar figuras importantes do nosso país. (tanto é que o congresso talvez nunca mais solicite a sua presença para prestar informações idiotas e eleitoreiras solicitadas pelo Congresso);
19º) Porque quero o melhor para este país que eu amo;
20º) Porque e neste governo até jazidas monumentais de petróleo são encontradas! E chove tanto que o nordeste fica todo alegre e verde;
21º) Porque eu aprendi a pensar, a não assistir só à Globo e ler só a revista Veja(que são de São Paulo e do Rio de Janeiro reduto de Serra), e por ter certeza de que o Lula foi o único presidente do Brasil, os demais foram apenas enganadores e falsos estadistas. Além do mais eu gostaria de ver este país de falsos machões sendo governado por uma mulher de ferro;

É por estas e outras que eu resolvi apoiar Dilma, com Serra eu estaria contra mim mesmo, contra aquilo que eu acredito e luto que é ver a Presidência do Brasil mais próxima dos brasileiros, e longe de um passado sombrio do qual graças a Deus e ao Lula conseguimos sair.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crescimento recorde do PIB e o grande potencial do Brasil

Reveste-se de grande importância a notícia divulgada esta semana do crescimento do PIB recorde – no 1º trimestre – de 8,9%. Mais auspicioso é o fato de as previsões de crescimento para 2010 projetarem que se tratará do maior crescimento anual para os últimos 24 anos, algo acima de 7%. Péssima notícia para os arraiais da oposição, cada vez mais golpista, e especialmente para a candidatura de José Serra.

Do ponto de vista mais imediato esse dinamismo se revela após mais de mais de uma década de plena ofensiva contra os direitos do povo, contra a indústria e em prol da teoria das “vantagens comparativas” perseguidas por dois governos de FHC como seguidores da agenda leonina imposta por agências como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial. Com as forças do progresso e da industrialização exercendo cada vez mais papel de proa, principalmente no segundo mandato do presidente Lula, pode-se viabilizar alguns fulcros da superação do modelo neoliberal. Fulcros estes que jogaram papel decisivo na resistência de nosso país à crise financeira. Enquanto os países desenvolvidos contavam seus desempregados a duas ou três dezenas de milhões, recordes na geração de empregos são noticiados este ano em nosso país. É o Brasil impondo-se diante da maré internacional de forma altiva, positiva e dinâmica.

Muito ainda há de ser feito em nosso país para o prosseguimento deste ciclo virtuoso. Passa pela proscrição do atual modelo de juros e câmbio que ainda atordoa nossa industria. Mas, passa principalmente pela eleição de Dilma Rousseff. Este é um processo que tem tudo para sair da fase do acúmulo de quantidade ocorrida nos quase oito anos de mandato do presidente Lula para entrar na era da transformação da quantidade em qualidade.

Nosso país tem tudo para continuar a avançar, avançar e avançar !!!

Renato Rabelo

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Campanha de conteúdos e compromissos

Todo candidato necessidade sustentar um discurso – a um só tempo correto, coerente e permeado por propostas factíveis. Mais: é preciso difundi-lo em termos compreensíveis e capazes de atrair apoios e, se possível, emocionar o eleitor.Quando se trata de candidato a presidente, governador ou prefeito o discurso se faz naturalmente abrangente. É o país, o estado ou o município a referência dos compromissos a serem assumidos perante o povo.

E quando se trata de uma candidatura proporcional – a deputado estadual, por exemplo? É óbvio, dirão os mais apressados; cabe enumerar duas ou três bandeiras de luta e ganhar as ruas. Pode parecer óbvio, porém é equivocado. Pois não basta agitar o nome e o número do candidato.

Começa que um deputado estadual, mesmo quando eleito por uma fatia do eleitorado identificável social e geograficamente, estará na Assembléia como representante de toda a população – ou do povo, dos que vivem do seu trabalho. Isto significa que no exercício do mandato não poderá se negar a debater nenhum tema relativo aos destinos do estado. Isso exige conhecimento dos problemas, preparação prévia.

Entretanto, não significa que o candidato se exima de apresentar uma plataforma – ou um conjunto de eixos temáticos - a que estejam associadas algumas bandeiras de luta, dentre as que considera mais importantes na atualidade, com as quais se identifique e que estejam em sintonia com as parcelas da população que prioritariamente deseja sensibilizar na busca do voto. E representar.

Isso é válido sobretudo nos dias que correm, quando vivemos o início de um novo ciclo de crescimento econômico em Pernambuco e é lícito que se batalhe para que esse crescimento se dê com distribuição de renda, valorização do trabalho e sustentabilidade ambiental. Mais: convém, sob todos os títulos, assumir o compromisso de exercer o mandato de modo participativo, submetido à prestação de contas e avaliações críticas regulares. Ou seja: um debate permeado por amplo debate de idéias.

Daí porque o envolvimento de técnicos, pesquisadores, gestores públicos, lideranças populares, empresários, gente do mundo da cultura nas discussões que permeiam toda a campanha. Para que o discurso do candidato possa ganhar lastro mais consistente e seus compromissos fundamentais sejam compartilhados com apoiadores mais ativos e influentes.

Não é uma tese, nem pretende ser uma fórmula a ser seguida indistintamente. É, sim, o registro de uma experiência que tende a produzir bons resultados.